4 de novembro de 2021 | Boletim GPS

IIª Mesa Preparatória: O Nome do Medo

Artista convidada: Rivane Neuenschwander
Cartel: Fátima Pinheiro, Flavia Corpas, Giselle Falbo, Paula Legey, Sarita Gelbert (mais um) e Thereza De Felice

 Texto introdutório da preparatória

Por Fátima Pinheiro

Por que situar a arte neste momento preparatório às nossas Jornadas?

Podemos recorrer ao que já se sabe: dizer que arte é um instrumento de resistência. E, é mesmo, especialmente nesse tempo das necropolíticas vigentes. Ela é fundamental, também, por reavivar a relação existente entre nome e vida, uma vez que introduz uma poética, que é um modo de resistir à prosa do mundo contemporâneo, sustentada pelo império massificante da “utilidade direta”[1]. A arte opera bagunçando nossos hábitos, e circunscreve o mal-estar, ali onde ele aparece no laço com o outro. Introduz, assim, além da poética, a política, no aspecto mais caro a nós psicanalistas: a política do sintoma.

Convidamos, a artista Rivane Neuenschwander, para conversar conosco, a partir de seu trabalho “O Nome do medo”, a quem agradeço a presença em nome da diretoria da EBP Rio e do ICP – RJ, das Comissões das Jornadas deste ano, e do cartel, a qual faço parte, que coordenará nosso encontro hoje. Agradeço, também, à Tania Rivera, que possibilitou o nosso contato com Rivane.

Rivane, nasceu em Belo Horizonte, e vive em São Paulo. É hoje, uma das artistas visuais brasileiras de maior reconhecimento internacional.  Participou de inúmeras exposições coletivas nacionais e internacionais, como as Bienais de Veneza (de 2003 e de 2005), e as Bienais de São Paulo, em 2006 e 2008. Transita entre pintura, escultura, instalação, vídeo, e ações participatórias.  Suas obras estão em grandes coleções institucionais como Tate Modern (Londres), Guggenheim (Nova York), Moma (Nova York), TBA 21 (Viena), e Inhotim (Brumadinho).


[1] Miller. J. A. Un esfuerzo de poesía: Buenos Aires: Paidós, 2016, p. 159.
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