João Luiz Nogueira
Aluno do Curso fundamental do ICP RJ, turma de 2021
Fabián Naparstek, convidado para o lançamento da XXVIII Jornadas Clínicas EBP Rio e ICP-RJ, Nomes da Vida – marcas da pandemia, nos fala sobre uma psicanálise na pandemia e na pós-pandemia. Para isso, ele se orienta pelos 3 eixos de estruturação dessa jornada.
O primeiro eixo, sobre a formação do analista, coloca em questão os novos desafios: na transmissão da psicanálise na Escola; nos atendimentos presenciais e não presenciais, com a ausência de corpos em novos arranjos; e pelo uso dos meios virtuais na produção e incorporação de novos modos de savoir-y-faire.
No segundo eixo, destaca como esses meios virtuais franqueiam a possibilidade de um real, mesmo nas ausências dos corpos e por vezes na presença de um corpo estrangeiro que está submetido a uma extimidade aguda em busca de fazer laços, através de gadgets que “presentifiquem” o Outro.
E finalmente no terceiro eixo, nos fala da possibilidade de fazer arte e artifícios, para poder operar com o declínio do Nome-do-Pai e da soberania do objeto causa de desejo. Assim, Fabián destaca a permutação de uma bússola, que não orienta mais na direção ao Nome-do-Pai, mas por um GPS que localiza um ser falante em referência a uma busca, lançando-o num destino de múltiplas possibilidades, novas formas de gozar, novos nomes da vida; marcas produzidas pela pandemia.