Boletim#8 

Editorial 

Por Cristina Duba

Nossas Jornadas Clínicas se aproximam.

Em tempos excepcionais de pandemia, quando se torna mais evidente a precariedade de nossas rotinas (no mais amplo sentido) para fazer face às surpresas da vida, nos vimos convocados a recolher os rastros desse estremecimento, suas marcas e nomes.

É com esse espírito que receberemos no próximo sábado, com muito entusiasmo pela força de sua transmissão, Fabián Fajnwaks, nosso colega da ECF/AMP, que nos falará sobre as nomeações queer.

Advindas da apropriação de um insulto – “queer” -, essas nomeações se instauram justamente a partir da designação de um resíduo não assimilado, no ser do sujeito, pelos ideais e normas em vigor. Torna-se assim possível, a partir desse resto, a invenção de nomes para formas de existência que se multiplicam e se diversificam fora da lógica binária que ordena o sexual. Além disso, essas nomeações, à medida em que guardam a marca de uma resposta ao movimento de assimilação das homossexualidades às normas e ideais binários, podem dessa maneira alcançar formas de legitimação e expressão.

Concluímos por ora, neste momento anterior ao que poderemos aprender neste sábado, com Fabián Fajnwaks e todos os colegas, que a clínica psicanalítica não pode se furtar a esse encontro com isto que os estudos e a experiência “queer” nos indica e promove. E que não é de nenhuma forma estranho à psicanálise.

Até lá.

VÍDEO

Segue o vídeo convite para a preparatória das XXVIII Jornadas Clínicas da EBP Rio e ICP-RJ Os nomes da vida, marcas da pandemia.

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