Felipe Vianna Pinheiro
Nas Jornadas Clínicas deste ano teremos o prazer de receber a psicanalista convidada Gabriela Grinbaum (EOL/AMP) que já trouxe num pequeno vídeo questões sobre as relações entre transferência e interpretação, abrindo, assim, a nossa curiosidade sobre sua contribuição no evento que teremos certeza que será valiosa.
Neste Boletim 3 contaremos também com o texto de Maricia Ciscato (EBP/AMP), a partir de seu trabalho no Seminário de Orientação Lacaniana (SOL) da EBP-Rio. Maricia comenta a articulação que vem sendo feita entre o texto de Miller, trabalhado no SOL, “O Ser e o Um”, e o tema das Jornadas Clínicas sobre a interpretação. O debate aberto pelo Conselho da EBP-RJ e pelas colegas das Jornadas, que estão sendo convidadas, vem dando vida e corpo à construção dessas Jornadas Clínicas. Vale conferir!
Seguindo o percurso deste Boletim contaremos também com a valiosa contribuição de Marcus André Vieira (EBP/AMP) com a primeira bibliografia comentada. O tema da interpretação também será trabalhado, a partir de uma citação de Lacan em seu texto “O aturdito” (1972) dos Outros escritos. E, é claro, não poderíamos concluir um despetra sem seu “No caminho”, que traz sempre alguma imagem, frase, marca sobre o tema de trabalho.
No começo da elaboração, realizada sobre as Jornadas, as relações entre palavra e pedra se sobressaíram. Mais recentemente, no que tange à Escola, o tema interpretação em análise vem se movimentando de forma mais viva e intensa.
O trabalho de Escola tem uma relação com o campo do real, com as marcas da contingência, do tiquê do acaso forçado, como diz Lacan no Seminário 11. O trabalho do Seminário de Orientação Lacaniana (SOL) dialoga com o tema das Jornadas Clínicas da EBP-Rio e do ICP-RJ que, por sua vez, vem ao encontro da proposta de trabalho do Encontro Brasileiro do Campo Freudiano (EBCF).
Os casos trazidos pelo Seminário Clínico, por sua vez, enriqueceram essas propostas, assim como os produtos de cartéis, que serão discutidos na Jornada específica para eles, também farão circular, de certa forma, o tema, enlaçando o trabalho de Escola. Nos intervalos entre esses movimentos, os efeitos de transmissão se operam de forma singular para cada um. Esse ponto intervalar que não se planeja, mas acontece, que não se organiza, propriamente, mas se apresenta, seria também na clínica o lugar da interpretação? Perguntas que seguem no espaço de Escola, perguntas que seguem na construção das XXXI Jornadas Clínicas da EBP-Rio e do ICP-RJ – A palavra e a pedra: interpretação em análise.
Não deixem de ler em despetra as chamadas para as inscrições e para o envio de trabalhos.
Acompanhem as XXXI Jornadas Clínicas
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